Quando olhaste bem nos olhos meu e o teu olhar era de adeus, juro não acreditei. Eu te estranhei, me debrucei sobre o teu corpo e duvidei. E me arrastei, e te arranhei. E me agarrei nos teus cabelos, nos teus pelos, teu pijama . Nos teus pés, ao pé da cama. Sem carinho, sem coberta. No tapete atrás da porta reclamei baixinho. Dei pra maldizer o nosso lar, pra sujar teu nome, te humilhar e me vingar a qualquer preço, te adorando pelo avesso pra mostrar que ainda sou tua. Só pra provar que ainda sou tua.
Maria Bethânia - Atrás da porta.
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